Quais as principais diferenças entre o DRE e o Fluxo de Caixa?
Dentre as razões para o fechamento de um negócio em seus primeiros cinco anos, o estudo Causa Mortis do Sebrae cita uma série de falhas relativas à gestão financeira de uma empresa, incluindo, por exemplo, a falta de um acompanhamento rigoroso das receitas e despesas. Por sua vez, para que essa análise contínua seja feita de modo eficiente, é necessário que haja a adoção de controles como o Fluxo de Caixa e a DRE (Demonstração do Resultado de Exercício). Mas você sabe, de fato, como implementar tais rotinas em sua companhia?
Ao longo deste artigo, você poderá conferir com detalhes o que são e quais as etapas principais desses processos que tem uma função decisiva para o planejamento estratégico e para o desenho de metas assertivas, a partir de um entendimento claro sobre a realidade financeira de uma companhia.
Veja também os pontos que diferenciam a DRE do Fluxo de Caixa, além de dicas para otimizar esses controles por meio do suporte de uma consultoria especializada e do uso de tecnologias de automação financeira.
Boa leitura!
O que é o Fluxo de Caixa?
O fluxo de caixa é o instrumento mais básico e essencial da gestão financeira de uma empresa. Basicamente, ele diz respeito ao registro de todas as entradas e saídas de capital de um negócio.
Para ser preciso, esse controle precisa ser acompanhado de modo contínuo que pode ser de frequência diária, semanal ou mensal – o empreendedor também pode aplicar o fluxo de caixa dentro de períodos específicos, para avaliar a movimentação financeira (e consequentemente seu lucro ou prejuízo) em um determinado ciclo econômico.
Embora esse controle possa ser conduzido a partir do uso de planilhas, é muito comum que hoje as empresas utilizem o suporte de ferramentas automatizadas, que simplificam o processo de gestão dos controles financeiros.
O que é a Demonstração do Resultado do Exercício?
Enquanto o fluxo de caixa pode ser entendido como o retrato de curto prazo da realidade financeira de uma empresa, a DRE consiste em um relatório mais amplo, em que são cruzados dados referentes às contas de um negócio junto aos indicadores de receita, despesas e custos.
Além de uma ferramenta importante para a projeção do futuro de uma companhia e para a tomada de decisão dos líderes empresariais, a DRE é uma análise contábil exigida, no mínimo, uma vez por ano (dentro do exercício contábil do empreendimento), devendo seguir uma padronização e contar com a assinatura de um contador.
A Lei 11.638/2007 explicita que, dentre as informações obrigatórias da Demonstração do Resultado do Exercício, deverão constar dados referentes a:
I – A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
II – A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
III – As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
V – O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
VI – As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
Na determinação do resultado do exercício, devem ser ainda computados:
- As receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda;
- Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.
Quais as principais diferenças entre o DRE e o Fluxo de Caixa?
Embora ambas ferramentas sejam complementares e fundamentais para a gestão financeira de uma organização, o DRE e o Fluxo de Caixa são controles contábeis diferentes:
- O fluxo de caixa é um retrato de curto prazo das finanças do negócio; já o DRE, a rigor, leva em conta todo o fluxo financeiro de um ciclo anual;
- No fluxo de caixa, são consideradas as entradas e saídas efetivas dentro daquele período (diário, semanal ou mensal), enquanto o DRE considera elementos de provisões, amortizações e depreciações não constante do fluxo de caixa para determinar uma leitura ampla das finanças do negócio;
- O fluxo de caixa demonstra o momento atual do caixa de uma empresa; já o DRE está interessado em determinar o resultado operacional da empresa.
Como otimizar a gestão financeira da sua empresa com controles eficientes?
Dentro de um ambiente de negócios guiado pela digitalização, a busca por soluções automatizadas de gestão financeira e contábil é um passo essencial para as empresas que desejam ganhar mais agilidade, reduzir custos e ampliar seus diferenciais competitivos frente à concorrência.
Mas, além de ferramentas tecnológicas, é importante que as companhias contem com o suporte de especialistas, de modo que a geração de relatórios como o DRE e o Fluxo de Caixa sejam estruturados de modo preciso e, inclusive, forneçam bases concretas para a geração de insights e para uma gestão orientada por dados.
Mas como contar com esses dois pilares da gestão financeira contemporânea (tecnologia + trabalho especializado) sem ampliar de modo excessivo os custos de um negócio e permitindo que seus colaboradores mantenham-se focados no core business de sua empresa?
Uma excelente opção nesse sentido é investir em uma gestão contábil e consultoria financeira terceirizada, escolha que, atualmente, está disponível para empresas de todos os portes.
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